As tradicionais porteiras, uma espécie de guardiãs de prédios dos grandes centros, que ajudavam a gerir e administrar vários serviços, estão a desaparecer. Substituídas por empresas, ou mesmo por nada, muitos millennials nem se lembrarão destas figuras que tudo sabiam, tudo vigiavam e tudo limpavam. Com o mercado imobiliário em alta e as rendas em subida imparável, o resultado destes dois fatores é a venda e o arrendamento da grande maioria das casas que tradicionalmente eram delas.
Segundo um relatório da Loja do Condomínio divulgado este domingo, 24 de julho, cerca de 70% das casas de porteira dos condomínios em Lisboa e no Porto já foram vendidas ou arrendadas para habitação.
De acordo com a empresa, que administra 6.800 condomínios em Portugal com 170.000 proprietários, esta dinâmica de venda de casas de porteira tem-se verificado “ao longo dos últimos anos, da última década”, tendo em conta sobretudo a não-utilização das mesmas.
Citado pelo “Sapo24”, um responsável lembra que as casas de porteira concentram-se nas zonas mais antigas das cidades de Lisboa e do Porto. E acrescenta que “foi uma moda de uma determinada época que hoje em dia já nem sequer se verifica”.
Questionado sobre o uso de casas de porteira para investimentos no setor do turismo, o diretor executivo da LDC disse desconhecer casos de transação ou arrendamento destas frações para este fim.
“Não tenho conhecimento. Não quer dizer que não possa existir pontualmente, mas não o vejo como fenómeno direto de venda da casa da porteira para alojamento local”, salientou.
in NIT
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